sábado, 16 de maio de 2015

Ato 1

Tempestade deforma ávidamente a copa das árvores em pleno despinhadeiro
Com isso, testando sua plasticidade material e resiliência
Hálito úmido pulverizado no ar
Vento intempestivo uivante como sobre-força dum movimento
Eu? Contando estórias pra um penhasco, ora se joga e lá mora a derradeira coragem
Tanta adminstração de tudo, sufocado

Incandescendo o pensar entre relâmpagos
Num cantil, um punhado de água, alguns suprimentos enquanto amola a faca,
retoma o fôlego e em vão enxuga suor

Lembrando-se de um tempo, que vagava por aí cicatrizando corretamente e alimentando-se por completo, hoje asorberbado com tudo.
Nunca se vira tão cansado, irritadiço
Diagnosticava-se a si próprio:

 - Preciso desacumular, desamontoar mas essa guerra da vida só me exige atenção todo o tempo

...A ser continuado

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