terça-feira, 13 de outubro de 2015

Bocapiu

Eu sou o olho piscante entre-fresta, imperceptível
Íris incandescente
Enxerga o suficiente e premoniza o resto
Universo limitado no campo
Sentidos em luta corpórea entre si pra ajustar
]possivéis modulações do evento

Pra compensar, comprimir o acontecimento em algo
]satisfatório pro inteligível
Sem deixar nada pro hiato
Imaginação se deleita, Esparrama
Razão pisa na cabeça da insistência preguiçosa do hábito
Coração exaspera
Os sentidos assumem o fronte
Quem venceu? Eu todo

sábado, 15 de agosto de 2015

Uma Pinóia

Tenho aprendido muito e respeitado demais
Entender as dimensões do quark pra conviver, cansei de fato
Preciso cobrar coisas, odeio
Hj qualquer coisa é melhor o ser humano
Vento, pedra, lixo, robô, animais até a atmosfera de outras galáxias

Sinceramente, vc não é um dos nossos merece ser banido, erradicado
A maré está no nosso pescoço e subindo, subindo
Tudo está perdido pelos simples fato de não queremos nos comunicar de forma digna

Sentimos a mesma coisa mas ..., nada
Corremos mas ... Nada
Nada
E contentamos com artifícios, próteses e antropomorfismos mil e além

-Vou cobrar e muito!

Comparam tudo sem entender o conceito
Tudo ofende simplesmente pela ascensão da vaidade, (C)Egos
Calar é dar direito a vc ter perspectiva
Calar é respeitar suas limitações
Calar é dar chance a sua autonomia
Calar é fazer pensar antes de fazer e fazer muito bem feito com o zelo devido
Enfim, Calar é te dar a sua vida de volta mesmo que vc não queira
Em suma, Calar é o saber antecipado do porvir

sábado, 16 de maio de 2015

Ato 1

Tempestade deforma ávidamente a copa das árvores em pleno despinhadeiro
Com isso, testando sua plasticidade material e resiliência
Hálito úmido pulverizado no ar
Vento intempestivo uivante como sobre-força dum movimento
Eu? Contando estórias pra um penhasco, ora se joga e lá mora a derradeira coragem
Tanta adminstração de tudo, sufocado

Incandescendo o pensar entre relâmpagos
Num cantil, um punhado de água, alguns suprimentos enquanto amola a faca,
retoma o fôlego e em vão enxuga suor

Lembrando-se de um tempo, que vagava por aí cicatrizando corretamente e alimentando-se por completo, hoje asorberbado com tudo.
Nunca se vira tão cansado, irritadiço
Diagnosticava-se a si próprio:

 - Preciso desacumular, desamontoar mas essa guerra da vida só me exige atenção todo o tempo

...A ser continuado

Inaudível Pressentimento

O herói vê sua música surda ainda ecoar dentro de ti, somente
cansado com aparência desbotada, rasteja
Entre ócio e muita correria, almejar continuar mesmo sendo deglutido devagarmente gole a gole pela vida

Tirando aos poucos seu vigor, argumento e sua crença nos mais chegados
Assiste de camarote sua ascensão a caminhos indesejados
Vê eles caminharem para onde querem mas sem esboço sútil de remorso, semblante

Câimbras, dores lombares, e um punhado de sonhos por realizar
Dentes amarelados por tantas madrugadas afincoe trabalho como constante,
raiva-que-vai-e-vem, e música pra desaguar

Em instantes, reaprender a pegar no lápis, tirar poeira do cotidiano, recrutando várias sinapses a todo custo, vê se imanta a poesia ainda com bateria baixa, reciclado
Revolveu o fundo pra ver o ribombo voltar a tona
Gaseificando o passado tornando-o leve
Pra se lembrar do que é, empoderando-te
Reavivar o teu amor por ti...aos prantos
Cantar o lamento pra sambar, gingando pra fingir o cambalear, etilista
O mesmo olhar pra um pandeiro enriquecido, inversamente proporcional

Passou muito tempo no sol, queimou-se
Notou o ardor quando era bem tarde, talvez acostumado com o pesar nem notara, indiferente
E ainda assim, ficou lá na praia, tenro
Aproveitou o clima, tomou aquele o gole derradeiro daquele sabor, memorizar

 - Precisarei de balsamos.

Condensou tua vida pra retirar o principio ativo que tanto pertubara enquanto cirurgião exímio de si
Avaliando riscos de tal empreitada, pensativo


Re-Feição

Lábios e dedos impregnado de gordura, uma secura na garganta se esboça 
Forçando olhos se declinarem numa velocidade incômoda, Trêmula
Num eterno-engolir saliva sem sucesso, ar rarefeito
Ilusões em superfície translúcida, plasticamente mutavel, aquosa
Alivio...
Deglutindo numa ávida vontade, Naúfrago

Mãos em iminência tímida de tentar diminuir o Mal-estar...


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Colé

Na constante ausência de idolos, referências dignas para orientar-se, me tornei talvez um,
] para si próprio
Nos bate-pés da vida, o improviso como arte e destino
Varrendo tudo, buscando conhecimento nesse fastidioso caminhar, esboço um sorriso
]que brota naturalmente
Sentir-se enfim senhor de si mesmo, constituinte de si

Entre doenças, preconceitos, moralismos, viver também exige áspereza, altivez e sensibilidade.
]Tudo-para-ontem
A intermitência da consciência e o rebolado cadente das memórias num devir

Passageira revolta devido a ficar na mão, inconsciente
Dispersão que se fez necessária, alcançada
Precisei de ares, descobri cantos de mim enquanto o salitro corrói um barco velho em estágio
]terminal

Num escrevo há dias, minha gramática compactou-se
Persistência hoje soa musicalmente utópico
Minha paciência inunda a consciência desesperada alheia, ela sempre se amedronta, Covarde
Minha razão adquiriu pernas e corre

domingo, 2 de setembro de 2012

Preguiçosolhar

Visceralidade e Vigor ao Extremo, Minha Sensibilidade é Tão Grande que Some do Raio dos Teus Olhos! Me Confundem com Vários e se Arriscam Pensar Sobre Mim(e Pior Acreditam no que Pensam), Como se Fosse uma Múmia, Figura PoP, Ou Algo Pior. Meu Silêncio te Assusta e Meu Riso te Aqueita-te, Lhe Causo Todas as Espécies de Surpresa, Furor, Encanto, Meu Contra-Tempo que Entorta Teu Cerébro, Free-Jazzísmo que se Expressa em Saliva Dissonante, Minha Lógica que tem um Sistema Nervoso e Muito Sangue.